Manutenção do SPDA não precisa ser complicada — mas precisa ser feita
O SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) é um daqueles sistemas que, quando estão funcionando corretamente, quase ninguém percebe. Mas basta uma falha, uma tempestade mais forte ou a queima de equipamentos para que ele volte a ser lembrado — e geralmente tarde demais.
A boa notícia é que manter o SPDA em dia não é difícil nem caro. O segredo está na prevenção e no controle periódico. Seguir um checklist básico, com vistorias regulares, verificações simples e acompanhamento técnico, é suficiente para evitar os erros mais comuns e garantir que a proteção esteja funcionando de verdade.
Este conteúdo apresenta um checklist prático e completo com tudo o que precisa ser monitorado para manter seu sistema eficiente, dentro das normas e com o melhor custo-benefício possível.
✅ Etapa 1: Verificações visuais básicas
Nem tudo precisa de equipamento técnico para ser identificado. Há itens que qualquer responsável pela edificação pode observar com atenção, como:
- Cabos de descida visíveis e bem fixados à estrutura;
- Ausência de oxidação, corrosão ou rachaduras nos condutores;
- Conexões firmes, sem folgas ou sinais de desgaste;
- Hastes captoras (no topo do prédio ou telhado) sem deformações ou ferrugem;
- Ausência de objetos metálicos próximos e não aterrados;
- Indícios de danos por reformas ou obras não comunicadas.
Essas checagens devem ser feitas ao menos duas vezes por ano ou sempre após chuvas fortes ou intervenções na edificação.
✅ Etapa 2: Laudo técnico atualizado
A inspeção técnica deve ser feita por profissional habilitado, com registro no CREA, e gerar um laudo técnico acompanhado de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Esse documento comprova que o sistema foi avaliado e está em conformidade com a NBR 5419.
Validade recomendada do laudo técnico:
- 3 anos para edificações comuns;
- 1 ano para locais com circulação de pessoas (como condomínios, escolas, clínicas);
- 6 meses para hospitais, indústrias críticas e áreas com alto risco.
Se o seu laudo estiver vencido ou inexistente, o sistema já pode estar comprometido — mesmo sem apresentar sinais visuais.
✅ Etapa 3: Medição da resistência de aterramento
O aterramento é o ponto final da descarga elétrica. Ele precisa dissipar a energia de forma eficiente no solo. Com o tempo, a resistência elétrica pode aumentar por conta de:
- Corrosão dos eletrodos;
- Ressecamento ou compactação do solo;
- Desgaste natural do sistema.
Por isso, a medição da resistência de aterramento deve ser feita com equipamentos específicos. Valores muito altos indicam falha na dissipação — e isso compromete toda a proteção do SPDA.
Essa medição deve ocorrer anualmente, ou junto à inspeção técnica que gera o laudo.
✅ Etapa 4: Verificação dos DPS
O SPDA cuida da descarga direta, mas para proteger os equipamentos eletrônicos dentro da edificação, é indispensável a presença de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS).
Verifique:
- Se existem DPS nos quadros elétricos principais e secundários;
- Se estão dentro do prazo de validade ou apresentando sinais de desgaste;
- Se foram dimensionados corretamente para a instalação;
- Se há histórico de surtos que possam ter comprometido seu funcionamento.
Um DPS danificado ou ausente deixa todos os aparelhos vulneráveis, mesmo com SPDA externo funcionando.
✅ Etapa 5: Atualização após reformas
Reformas, ampliações, substituição de coberturas, instalação de antenas, painéis solares ou caixas d’água metálicas exigem revisão técnica do sistema. Essas alterações estruturais podem:
- Tornar a proteção anterior ineficiente;
- Criar novas áreas de risco não cobertas;
- Romper conexões ou trajetos de descida;
- Exigir novos pontos de captação ou aterramento.
Sempre que houver obra significativa na edificação, é indispensável comunicar a empresa responsável pelo SPDA para uma nova avaliação.
✅ Etapa 6: Agendamento e histórico de manutenção
Muitas falhas no SPDA ocorrem simplesmente por esquecimento. Por isso, é importante manter um registro organizado de todas as inspeções, medições, manutenções e laudos emitidos.
Dica prática:
- Crie um controle simples (pode ser em planilha) com datas de inspeções, responsáveis técnicos, validade dos laudos e observações;
- Inclua alertas no calendário para próxima vistoria e renovação da ART;
- Registre qualquer problema identificado ou reparo realizado.
Esse histórico é útil tanto para auditorias quanto para garantir a regularidade técnica e jurídica da edificação.
O que não pode faltar no seu checklist de SPDA
Manutenção preventiva:
- Inspeção técnica com emissão de laudo e ART
- Medição de aterramento
- Verificação visual semestral
- Atualização pós-obra ou reforma
- Checagem dos DPS
Documentação obrigatória:
- Laudo técnico vigente
- ART emitida por engenheiro
- Registro de correções e recomendações técnicas
Indicadores de risco:
- Cabos soltos ou oxidados
- Queima frequente de equipamentos
- Falta de DPS
- Obra recente sem nova vistoria
- Sistema instalado há mais de 3 anos sem revisão
A importância da rotina para evitar surpresas
Com esse checklist, fica claro que manter o SPDA em dia não exige grandes investimentos nem processos complicados. O segredo está na regularidade: vistoriar, documentar, corrigir o que for necessário e manter a atenção constante aos sinais de alerta.
Negligenciar qualquer um desses pontos pode tornar o sistema ineficaz — mesmo que ele pareça intacto.
Como a Instalapar pode ajudar
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- Inspeções técnicas e laudos com ART;
- Medições de aterramento;
- Atualização e substituição de componentes;
- Instalação e checagem de DPS;
- Acompanhamento contínuo com planos de manutenção preventiva.
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