Quais problemas mais comuns causam falha no SPDA e como evitar

O que faz um sistema de para-raios falhar?

O SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) é projetado para durar muitos anos. Quando bem instalado, com materiais adequados e manutenção em dia, ele pode proteger uma estrutura por décadas. No entanto, diversos fatores podem comprometer seu funcionamento, mesmo que tudo pareça estar em ordem visualmente. E o problema é simples: quando o SPDA falha, o prejuízo é grande.

A maioria das falhas não acontece de forma abrupta. Elas se acumulam com o tempo, resultado de negligência, desgaste natural ou mudanças na estrutura que não foram acompanhadas por uma atualização técnica. E como o sistema não dá sinais óbvios de que parou de funcionar, muitas edificações permanecem anos vulneráveis — sem que ninguém perceba.

Este texto apresenta os problemas mais comuns que causam falhas em sistemas de para-raios, explica por que eles ocorrem e como é possível evitá-los com medidas simples, eficientes e acessíveis.

  1. Corrosão de componentes metálicos

A oxidação é um dos principais vilões do SPDA. Os cabos, conexões e hastes captoras estão constantemente expostos ao tempo, principalmente em áreas externas. A umidade, poluição, maresia e variações de temperatura favorecem o desgaste das superfícies metálicas. Com o tempo, a camada protetora se deteriora e o material enferruja.

O resultado é a interrupção da continuidade elétrica. Mesmo que o cabo ainda esteja fisicamente no lugar, ele pode deixar de conduzir a corrente do raio para o solo, anulando a função do sistema.

Como evitar: Realizar inspeções periódicas e substituir componentes oxidados. Usar materiais certificados com resistência à corrosão (como cobre estanhado ou aço inox) e conexões bem protegidas com graxa antioxidante.

  1. Rompimento ou desconexão de cabos

Obras, reformas e movimentações estruturais podem romper cabos de descida, danificar suportes ou afrouxar conexões. Às vezes, isso acontece por acidente: um pedreiro prende um andaime no ponto errado, alguém corta um cabo por engano ou uma reforma altera o trajeto original.

Quando uma conexão se solta, o caminho da descarga é interrompido. Se houver descarga, a corrente pode encontrar caminhos alternativos perigosos, como encanamentos, vigas metálicas ou instalações elétricas internas.

Como evitar: Manter o projeto atualizado, revisar o sistema após qualquer reforma e fixar os cabos de forma segura e protegida. As inspeções também ajudam a identificar desconexões precoces.

  1. Aterramento ineficiente

O aterramento é o ponto final do sistema. É ele que recebe toda a energia do raio e a dissipa com segurança no solo. Se esse aterramento tiver resistência alta, a energia não flui como deveria — e pode se espalhar por áreas internas da edificação, provocando curto-circuitos, choques ou queima de aparelhos.

Entre os problemas mais comuns estão:

  • Eletrodos corroídos;
  • Solo seco ou pedregoso com alta resistividade;
  • Falta de manutenção nos pontos de medição;
  • Aterramento mal dimensionado ou sem interligação com outros sistemas.

Como evitar: Fazer medições periódicas de resistência de aterramento com equipamentos específicos. Em casos críticos, usar aditivos para melhorar a condutividade do solo ou instalar novas hastes complementares.

  1. Ausência de inspeção e manutenção periódica

O erro mais comum é a falsa sensação de que o sistema dura para sempre. Muitas edificações passam 5, 10, até 15 anos sem qualquer vistoria técnica. O SPDA continua visível, mas sem qualquer garantia de funcionamento.

A ausência de manutenção é, por si só, um risco. Os problemas citados acima (corrosão, desconexão, falhas de aterramento) se acumulam ao longo do tempo. Quando o raio cai, é tarde demais para descobrir.

Como evitar: Seguir as recomendações da NBR 5419: inspeções anuais (ou semestrais, em edificações críticas) com emissão de laudo técnico e ART. Isso não apenas garante o funcionamento do sistema, como resguarda juridicamente o responsável.

  1. Instalação inadequada

Infelizmente, ainda existem muitos casos de SPDA mal instalado. Pode ser por uso de materiais de baixa qualidade, execução fora das normas, falta de projeto técnico ou ausência de ART. O sistema pode parecer completo, mas não segue o caminho correto de condução da descarga ou não cobre toda a área da edificação.

Entre os erros comuns de instalação estão:

  • Hastes mal posicionadas;
  • Distância incorreta entre descidas;
  • Falta de interligação com partes metálicas da estrutura;
  • Cabos passados por dentro de dutos elétricos;
  • Ausência de dispositivos de proteção contra surtos.

Como evitar: Contratar empresas especializadas e exigir projeto técnico, emissão de ART e laudo de conformidade após a instalação. O barato pode sair caro — especialmente em segurança elétrica.

  1. Falta de integração com o sistema elétrico

O SPDA protege contra a descarga direta. Mas a proteção contra surtos gerados por descargas próximas depende da presença de DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos) nos quadros elétricos. Sem isso, a energia do raio pode entrar pela rede elétrica, danificando equipamentos.

Esse é um dos pontos mais negligenciados — muitos sistemas de SPDA são instalados sem qualquer preocupação com a proteção interna da rede.

Como evitar: Integrar o SPDA ao sistema elétrico, com análise técnica e instalação de DPS dimensionados para o tipo de edificação. A NBR 5419 trata dessa integração de forma clara.

Como saber se o sistema está falhando?

Se o SPDA apresenta algum dos problemas listados, os riscos são reais — mesmo sem qualquer sinal visível. Mas existem alguns indícios que podem servir de alerta:

  • Queima frequente de eletrônicos durante chuvas;
  • Cabos soltos, oxidados ou com dobras acentuadas;
  • Reformas recentes sem revisão do SPDA;
  • Laudo técnico vencido ou inexistente;
  • Ausência de DPS nos quadros elétricos;
  • Estruturas metálicas não interligadas à malha de aterramento.

Se algum desses pontos estiver presente, é hora de agendar uma inspeção.

Como a Instalapar pode ajudar a evitar esses problemas

A Instalapar, especializada em SPDA, manutenção e inspeções técnicas, oferece suporte completo para garantir que o sistema de proteção funcione de forma eficiente e confiável ao longo dos anos. Atua com:

  • Inspeções e manutenção corretiva e preventiva;
  • Emissão de laudo técnico com ART;
  • Substituição de componentes corroídos ou danificados;
  • Medição de resistência de aterramento;
  • Instalação de DPS e integração com o sistema elétrico;
  • Atualização de projetos e adequações à NBR 5419.

Com atendimento em Curitiba e região, a Instalapar garante segurança técnica e conformidade normativa, evitando falhas que podem custar caro — ou colocar vidas em risco.

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