O que é DPS e por que ele é indispensável na sua instalação elétrica

Entenda o que protege seus equipamentos dos surtos invisíveis

Toda vez que um raio cai por perto ou quando há oscilações na rede elétrica, um inimigo invisível pode atravessar os fios da sua casa ou empresa: os surtos de tensão. Eles duram milésimos de segundo, mas têm força suficiente para queimar aparelhos eletrônicos, danificar sistemas de automação e até causar incêndios. É para proteger sua instalação desses eventos que existe o DPS – Dispositivo de Proteção contra Surtos.

O DPS é um componente simples, mas extremamente eficaz. Instalado nos quadros elétricos, ele atua como uma “válvula de alívio” para a energia excedente. Quando um surto atinge a rede, o DPS desvia essa energia diretamente para o aterramento, impedindo que ela atinja os equipamentos ligados à instalação.

Mesmo quem já tem um sistema de SPDA instalado precisa do DPS. Isso porque o para-raios protege contra descargas diretas, mas os surtos podem entrar por outros caminhos: rede elétrica, telefonia, cabos de internet ou até via equipamentos conectados em tomadas comuns. Neste conteúdo, você vai entender o que é o DPS, por que ele é essencial e como usá-lo corretamente para proteger sua estrutura e evitar prejuízos.

O que é DPS e como ele funciona

DPS significa Dispositivo de Proteção contra Surtos. Ele é instalado em quadros de distribuição elétrica e tem a função de desviar surtos de tensão transitórios para o aterramento, antes que eles atinjam os equipamentos e instalações da edificação.

Esse tipo de surto pode ser causado por:

  • Descargas atmosféricas indiretas (raios que caem próximo à rede elétrica);
  • Manobras na rede da concessionária de energia;
  • Ligações e desligamentos bruscos de máquinas e motores;
  • Falhas internas na instalação elétrica.

O DPS atua apenas quando necessário. Em situações normais, ele permanece inativo. Mas quando a tensão ultrapassa um limite seguro, ele entra em ação e conduz o excesso de energia até o sistema de aterramento.

Por que o DPS é indispensável mesmo com SPDA?

O SPDA protege a estrutura física da edificação contra descargas diretas. Ele capta o raio e conduz sua energia para o solo. Mas não impede que o pulso eletromagnético gerado por uma descarga próxima entre pela rede elétrica.

É aí que entra o DPS. Ele é o complemento do SPDA — e sem ele, os equipamentos internos continuam vulneráveis. Um surto pode destruir:

  • Televisores, computadores, roteadores, impressoras;
  • Sistemas de segurança e automação residencial;
  • Equipamentos industriais e bancadas laboratoriais;
  • Elevadores, controladores de acesso, centrais de alarme.

Por isso, a instalação de DPS nos quadros elétricos principais e secundários é obrigatória segundo a NBR 5410, norma que trata das instalações elétricas de baixa tensão.

Tipos de DPS e onde instalar

Existem diferentes categorias de DPS, definidas conforme o ponto da instalação onde serão aplicados:

  • Classe I (Tipo 1): para locais com risco de descarga direta. É instalado logo na entrada da energia, protegendo contra surtos mais intensos;
  • Classe II (Tipo 2): mais comum em instalações residenciais e comerciais. Protege contra surtos induzidos ou manobras na rede;
  • Classe III (Tipo 3): aplicado próximo aos equipamentos, geralmente em filtros de linha com DPS integrado.

Em uma instalação completa, o ideal é usar uma combinação de tipos, garantindo proteção em várias camadas. A escolha depende do tipo de edificação, da sensibilidade dos equipamentos e do nível de risco local.

Como saber se sua instalação precisa de DPS

Se você já perdeu aparelhos por motivo desconhecido, ou se costuma desligar tudo da tomada quando chove, é sinal de que sua instalação está vulnerável. Mas mesmo sem sintomas visíveis, o DPS é recomendado em praticamente todos os casos.

A NBR 5410 determina que a proteção contra surtos é obrigatória em:

  • Instalações com equipamentos eletrônicos sensíveis;
  • Locais com fornecimento aéreo de energia;
  • Edificações alimentadas por painéis fotovoltaicos;
  • Prédios com SPDA instalado (obrigatoriamente).

Além disso, muitas seguradoras já exigem comprovação de proteção contra surtos para liberar indenizações.

Quanto custa instalar DPS?

O custo depende do tipo e da capacidade de proteção do dispositivo. Em geral:

  • Residências unifamiliares: de R$ 300 a R$ 800, incluindo instalação;
  • Condomínios e empresas: a partir de R$ 1.500, podendo passar de R$ 10.000 em sistemas complexos.

O valor pode parecer alto, mas o prejuízo de um único surto costuma ser maior. Um raio queimar um notebook, roteador e TV já supera facilmente o custo de um DPS bem instalado.

O que observar na instalação

A instalação do DPS deve ser feita por profissional habilitado e seguir as seguintes orientações:

  • Deve haver aterramento eficiente — sem isso, o DPS não consegue atuar;
  • A distância entre o DPS e os dispositivos protegidos deve ser minimizada;
  • O dimensionamento precisa considerar a corrente de surto esperada;
  • O quadro elétrico deve ter espaço e estrutura para acomodar o componente.

Além disso, é importante realizar testes periódicos e substituição dos DPS após surtos severos ou conforme a vida útil indicada pelo fabricante.

Como a Instalapar pode ajudar

A Instalapar oferece soluções completas de proteção contra surtos elétricos, integrando o DPS ao projeto de SPDA e à instalação elétrica da edificação. Atua com:

  • Análise técnica do risco de surtos;
  • Instalação de DPS Classe I, II e III;
  • Avaliação e correção do sistema de aterramento;
  • Verificação da conformidade com a NBR 5410 e NBR 5419;
  • Manutenção preventiva e testes em equipamentos existentes.

Com atuação em Curitiba e região, a Instalapar entrega segurança, conformidade e tranquilidade para quem valoriza o funcionamento estável da instalação elétrica — mesmo em dias de tempestade.

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